Augusto Santos Silva acusa professores manifestantes de não distinguirem "entre Salazar e os democratas"
"A liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... Não deve a Álvaro Cunhal nem a Mário Nogueira", afirmou Santos Silva, acrescentando que estes "lutaram por ela antes do 25 de Abril contra o fascismo, e lutaram por ela depois do 25 de Abril contra a tentativa de tentar criar em Portugal uma ditadura comunista", sustentou.
"O clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças. E se for preciso defender outra vez, como defendemos em 75, a liberdade em Portugal, o Partido Socialista, posso garantir, estará na linha da frente da defesa das liberdades públicas", afirmou, na ocasião.
Reagindo a estas declarações, o deputado social-democrata Miguel Relvas manifestou-se hoje "chocado" com as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares. "Há já algum tempo que o ministro passou a fronteira do bom-senso e com total impunidade", sustentou o social-democrata, afirmando que o responsável pela pasta dos Assuntos Parlamentares tem evidenciado um "comportamento de guerrilha e hostilidade".
"O senhor ministro tem que perceber que a barricada da liberdade, desta vez, não está do lado do PS, mas do lado dos professores e não tem que ficar indignado que estes se manifestem e reclamem os seus direitos", afirmou, em declarações à agência Lusa.